quarta-feira, 29 de julho de 2009

Gente Grande

Quando eu era criança, cronologicamente falando, me achava a maior gente grande. Lembro de ter uns 5 ou 6 anos, estava no Pré e por alguma razão atravessei o pátio da escola que parecia imeeeenso para ir buscar a minha irmãzinha no Jardim de Infância. Cheguei lá e vi aquela criançada para tudo o que é lado, a professora me convidou para entrar na sala e esperar um pouquinho até a turma se organizar. E tudo o que passava pela minha cabeça era por que raios a professora não me pedia para ajudá-la a dar conta das crianças???

Eu entrava num avião sozinha e ía até São Paulo passar um mês na casa da vovó. E levava e cuidava da minha irmãzinha.

Eu era responsável pelos meus estudos e entregava meus temas em dia. Estudava para as minhas provas e não passava pela minha cabeça criar problemas na escola e não resolvê-los por mim.

Eu não entendia porque eu podia pegar ônibus sozinha (carregando a minha irmãzinha, é claro) para ir para a escola ou para a aulinha de inglês, e tinha que ouvir não quando pedia para ir no carnaval de salão da praia que todas as minhas amiguinhas nem tão mais velhas assim frequentavam.

Eu acreditava que deveria resolver os meus assuntos sozinha. Sejam quais fossem. Eu era a primeira a oferecer um ombro e tentar e querer resolver os problemas dos outros. Mas não admitia que alguém se metesse nos meus (ou não sabia como pedir ajuda).

Mas seja lá qual fosse a situação e o desepero, eu acreditava piamente que tudo daria certo, que sempre há uma luz no fim do túnel, mesmo quando está tudo tão escuro como se a luz tivesse se extinguido.

Eu era uma menininha mandona, meio sabe tudo e com uma capacidade monstruosa de odiar com uma raiva mortal qualquer imbecil que me tratasse como uma criança comum. Eu sabia exatamente o que eu queria (ou pensava que sabia). Eu não via a hora de virar gente grande de verdade e ser a exclusiva dona do meu próprio nariz.

O tempo foi passando. Hoje eu sou, cronologicamente falando, um adulto. E continuo esperando virar gente grande. Só que já não tenho mais certeza de nada. Apenas sei que há sempre uma luz no fim do túnel. Mesmo quando está tudo tão escuro que parece que a luz se foi.

domingo, 19 de julho de 2009

Festinha Anos 80


Fui numa festa de aniversário com o tema anos 80. Quando recebi o convite há alguns meses atrás, confesso que fiquei um pouco horrorizada, afinal, ter que ir fantasiada de anos 80 é o fim, pensei. Tá, a música era legal mas a moda da época... de chorar. Aquelas ombreiras gigantescas, um monte de maquiagem colorida na cara e o cabelão espanador. Que dor.

Mas com a festa se aproximando começou aquele alvoroço para encontrar alguma coisa anos 80. Eu queria ir como o Jason ou o Freddy Krueger só que como a mulherada só falava no lado fashion dos anos 80, eu acabei desistindo dos monstrinhos serial killers. Depois de dar uma pesquisadinha básica no meu oráculo google, fui para as lojas ver o que poderia encontrar. Fiquei chocada com a quantidade de roupas e acessórios anos 80 que encontrei. Quase tudo é anos 80 hoje em dia. As ombreiras, ainda bem, ainda não. Mas aquelas coresinhas amarelo limão, rosa "choque", verde limão... estão todas lá nas vitrines. As "polainas", as sainhas balonês... bah! Eu não gosto, não. Mas fantasia é fantasia. Cheguei a arrecadar algumas dessas peças circenses, guardei o recibo, mantive as etiquetas e qualquer coisa seria só devolver esse lixo todo. Engraçado é que é como quando se está grávida e, de repente, aparece uma montoeira de mulher grávida barrigudíssima na rua, coisa que passava desapercebida antes. Então comecei a notar que a quantidade de mulheres e principalmente adolescentes vestidas com as tais famigeradas cores acima citadas era absurda. Bah!

A festa se aproximando e eu nada feliz com o meu outfit. O Michael Jackson morre e lá se vai a minha idéia de ir a lá Thriller. Já pensou quantos iriam aparecer assim??? E se você decidir consultar o google quanto a moda anos 80, o que mais dá é a Madonna. Putz. Daí que consultando assim e assim, me deparei com a Siouxsie Sioux. E uma coisa puxa a outra e pronto, fiquei na pilha de ir tipo dark/goth anos 80. Entrei numa loja super High Street e achei o vestidinho perfeito. Calças ciclista de renda, cruz no pescoço... só faltou a bobona da Rachel que me abandonou estar aqui para dar uma mão na makeup porque continuo uma negação nesse departamento. Ela teria arrasado. Não só na minha makeup como também no modelito dela. A festa era bem para ela ter ido. É uma pirralha, era um nenê durante os anos 80 mas ela teria tirado de letra.

Enfim, chegou o dia da festa e eu consegui me fantasiar de Madonna from Hell. Pronto, agora já tenho roupa para o próximo Halloween, hooray.

A festa estava ótima! Todos os convidados se esforçaram, tinha os Blue Brothers, rock stars, Ghostbusters, a Madonna Like a Virgin grávida de 9 meses (!!!), Adam Ant, Crocodile Dundee, Boy George, uma criatura vestida de celular gigantesco (lembra como eram uns tijolos???), o Mark Knopfler, umas coisas que eu não identifiquei, muita gente simplesmente fashion anos 80 e o DJ foi ótimo. Pena que durou pouco, eu jurando que iria virar a noite dançando e não eram nem 2 da manhã quando terminou tudo. Eu quero mais festa assim mas que vire a noite!!!


Os anfitriões: Lobisomen Adolescente e Madonna Like a Virgin


Os Blue Brothers com as minas.


Smurfete e aquela do Scooby-Doo (Daphne???)


Crocodile Dundee e Boy George na esquerda.




Pô! E não tinha um Michael Jackson!!! E eu deveria ter seguido meus instintos e ido de Freddy Krueger sim!!!


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Eu tenho, eu tenho

Eu ganhei um iPhone 3G!!!
Eu ganhei um iPhone 3G!!!
Eu ganhei um iPhone 3G!!!
Eu ganhei um iPhone 3G!!!
Tra la la lá, lala lá!!!
Que futilidade mais deliciosa!